24 Horas de Le Mans 2023: Ferrari vence a Toyota em seu retorno

Ferrari nº 51

A Ferrari conquistou a vitória na edição do centenário das 24 Horas de Le Mans, 58 anos depois de sua máquina ter triunfado pela última vez na mais prestigiada corrida de endurance do automobilismo.

O #51 499P de James Calado, Antonio Giovinazzi e Alessandro Pier Guidi levou a melhor numa corrida tipicamente caótica e apaixonante, em que todos os seus principais rivais – Toyota, Cadillac, Porsche e Peugeot – lideraram nas 12 horas iniciais, marcadas por períodos de Safety Car e chuva.

Um a um, vários competidores da classe principal dos Hypercars vacilaram: o Toyota # 7 foi forçado a sair com Kamui Kobayashi ao volante, eliminado pelo # 35 Alpine LMP2 e a # 66 Ferrari GTE Am enquanto desacelerava para uma zona lenta no início do noite.

O 9X8 pouco sofisticado e fora de ritmo da Peugeot foi um concorrente surpresa até o meio da corrida, quando Gustavo Menezes saiu em uma das as chicanes da curva Mulsanne. E o Porsche 963 nº 6 saiu no início da manhã, precisando de extensos reparos na garagem após uma falha nas Curvas Porsche.

E com os Cadillacs nº 2 e nº 3 à espreita em terceiro e quarto lugares, isso deixou a Ferrari nº 51 para lutar contra o Toyota nº 8 de Sebastien Buemi, Brendon Hartley e Roy Hirakawa, e com um pit stop dolorosamente lento para a Ferrari faltando cerca de seis horas, os dois carros estavam separados por apenas alguns segundos.

No entanto, o momento decisivo veio a 90 minutos do fim, quando Hirakawa perdeu a traseira e atingiu a barreira na curva Arnage. Um pit stop para consertar o dano custou minutos preciosos à equipe e deu à Ferrari um espaço para respirar (e, como se viu, crucial), uma vez que mais uma vez definhou durante seu pit stop final, precisando de uma reinicialização do sistema a 20 minutos do final.

Na classe LMP2, houve sucesso polonês. A equipe Inter Europol Competition rodou por muitas horas na ponta, mas ainda assim viu a vitória comprometida na reta final. De fato, o contato por rádio com Fabio Scherer não era mais possível. O piloto suíço, no entanto, chegou a tempo para abastecer e assim conseguiu manter a liderança.

No entanto, o controle da corrida informou à equipe que eles estavam sob investigação, entre outras coisas porque as informações podem ter sido compartilhadas com Scherer por meio de placas no lugar errado (informando-o para entrar nos pits). No final, nenhuma punição se seguiu.

Além de Scherer, Jakub Śmiechowski e Albert Costa pilotaram o carro. Eles terminaram uma posição à frente de Robert Kubica (que novamente perdeu a vitória em Le Mans), Rui Andrade e Louis Deletraz do Team WRT.

O último lugar do pódio também parecia ir para os belgas. O carro número 30 da Duqueine Team terminou em P3 com os pilotos Rene Binder (Áustria), Neel Jani (Suíça) e Nico Pino (Chile). Eles terminaram no pódio pela primeira vez em Le Mans.

O único Corvette da classe GT, com Nicky Catsburg, Ben Keating e Nicholas Varrone ao volante, era o grande favorito de antemão. No início da corrida, o Corvette teve grandes problemas, fazendo com que a equipe caísse para trás.

Mas como nenhum outro, Catsburg e companhia conseguiram abrir caminho para a frente, dirigindo para a vitória de maneira controlada nas horas finais. Nesta classe, a ORT by TF terminou em segundo lugar, e o último lugar no pódio foi para GR Racing. A equipe com três pilotos femininas, Iron Dames, também fez uma ótima corrida, mas acabou perdendo o pódio.

Classificação Hypercars:

Classificação LMP2:

Classificação LMGTE:

Demonstração de nova tecnologia: