Argentina renova circuito visando retorno da F1
- Eletric Morumbi
- 22 de jul.
- 3 min de leitura

GP da Argentina – 1998
Nos últimos dias, surgiram rumores de que o futuro de Franco Colapinto na Fórmula 1 com a Alpine estaria em risco.
Contudo, a resposta não demorou. Diversos setores da iniciativa privada na Argentina se mobilizaram rapidamente, demonstrando apoio ao piloto. Como resultado, uma onda de entusiasmo e investimentos no automobilismo argentino começou a crescer.
Nesse contexto, o tradicional Autódromo Oscar y Juan Gálvez, localizado em Buenos Aires, será completamente reformado.
O objetivo é ambicioso: trazer de volta a Fórmula 1 ao país após mais de duas décadas. A última corrida da F1 em solo argentino ocorreu em 1998, sendo interrompida por conta da infraestrutura ultrapassada da época.
Tilke lidera modernização com foco em MotoGP e F1
O responsável pela renovação do circuito é ninguém menos que Hermann Tilke, renomado arquiteto por trás de vários traçados modernos da F1.
Segundo ele, o projeto será dividido em duas fases bem definidas. Primeiramente, a pista será adaptada para receber a MotoGP em 2027.
Em seguida, uma segunda fase permitirá que o autódromo atinja o padrão Grau 1 exigido pela FIA, requisito indispensável para a realização de um Grande Prêmio de F1.
“Temos um plano em duas fases. A Fase 1 é para a MotoGP em 2027 e a Fase 2 é para a F1”, declarou Tilke ao site Soy Motor.
Além disso, o traçado atual será substituído por um novo layout mais moderno e seguro. Inicialmente, o circuito receberá a homologação Grau 2 da FIA, o que já é suficiente para a MotoGP. No entanto, a estrutura será planejada desde o início com vistas à futura elevação para Grau 1.
Embora algumas curvas clássicas, como Vivorita e Ombu, sejam removidas no novo desenho, seus nomes permanecerão como homenagem. Por outro lado, curvas icônicas como a Salotto e a chicane Ascari continuarão intactas no projeto final.
Estrutura para fãs e pilotos será totalmente transformada
Mais do que apenas modificar o traçado, a reforma contemplará melhorias profundas na infraestrutura.
Por exemplo, o sistema de drenagem será modernizado, novas zebras serão instaladas, e o fornecimento de energia será ampliado. Além disso, os boxes e as arquibancadas serão reconstruídos, com capacidade prevista para 120 mil espectadores.
“Tudo o que projetamos não é só para os pilotos, mas também para o público”, explicou Tilke. “Teremos áreas com elevação para melhor visibilidade, visão 360 graus ao redor da pista e até mesmo espaço para shows”.
O paddock também será expandido significativamente. A capacidade do prédio dos boxes será aumentada, mais garagens serão adicionadas e todas as instalações ganharão um visual moderno e funcional, alinhado com os padrões das principais categorias do automobilismo mundial.
As obras devem começar em novembro de 2025, com previsão de término em fevereiro de 2027. A estreia oficial da MotoGP já está agendada para março do mesmo ano.
F1 continua sendo a prioridade
Embora a MotoGP esteja confirmada, o verdadeiro objetivo do projeto segue sendo a volta da F1 ao país. Para isso, o circuito contará com um layout exclusivo para a categoria, que terá 500 metros a mais em extensão e alterações pontuais em duas curvas.
Entretanto, garantir uma etapa da F1 envolve mais do que apenas engenharia. Será preciso também investir pesado em infraestrutura extra e arcar com uma taxa anual de aproximadamente 40 milhões de dólares para sediar o evento.
Mesmo assim, o projeto já desperta grande apoio político e empresarial. Nomes de peso como Jorge Macri, Orly Terranova e Daniel Scioli vêm demonstrando entusiasmo e comprometimento. Com isso, a perspectiva de ver novamente a F1 em Buenos Aires se torna cada vez mais realista.






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