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Bearman apoia críticas de Verstappen às punições da FIA

Oliver Bearman

Oliver Bearman endossou as críticas feitas por Max Verstappen em relação ao que ambos consideram um excesso de restrições por parte da FIA na Fórmula 1 atual.

Segundo eles, a federação tem adotado uma abordagem cada vez mais rígida – e por vezes inconsistente – ao lidar com a conduta dos pilotos.

Recentemente, Verstappen expressou frustração com a maneira como a FIA tem imposto suas regras, tanto dentro quanto fora das pistas. Para o tetracampeão mundial, essas limitações estão sufocando o instinto competitivo natural dos pilotos.

“Em algumas batalhas, você sente que não pode realmente ir pra cima”, disse ele. “Parece antinatural. Você pensa: ‘Posso fazer isso ou vou ser punido?’ Isso não é correr de verdade”.

Exemplo de Magnussen mostra excesso da FIA

Bearman, de apenas 20 anos, seguiu na mesma linha de raciocínio. Em entrevista à Speed Week, ele afirmou que o caso de Kevin Magnussen em 2024 ilustra bem o que está errado.

De acordo com ele, mesmo infrações consideradas leves acabaram resultando em uma suspensão por acúmulo de pontos.

“Concordo com Max”, afirmou o novato da Haas. “A punição de Kevin me pareceu bastante severa. As infrações em si não foram perigosas, mas a soma dos pontos resultou numa penalização extrema”.

Além disso, Bearman destacou manobras de corrida que terminaram sem consequências, mas que mesmo assim renderam punições. Segundo ele, o excesso de rigidez está afastando os pilotos de disputas reais.

“Houve lances em que dois carros seguiram reto após uma tentativa de ultrapassagem. Ninguém saiu prejudicado, mas ainda assim o piloto levou dois pontos. Isso me parece exagerado”.

Até os instintos estão sendo penalizados

O jovem britânico também mencionou a própria experiência negativa com a regra. No GP da Inglaterra, ele recebeu quatro pontos de punição e 10 posições no grid devido a uma infração sob bandeira vermelha. Para ele, o rigor atual tem minado a essência da competição.

“O que vale ponto hoje se acumula muito rapidamente”, explicou. “Nós queremos disputar posição, lutar roda a roda. É isso que os fãs esperam ver. Claro que, se uma manobra for injusta, precisa ser punida – mas com bom senso”.

Ainda segundo Bearman, as decisões que antes eram instintivas agora estão sendo travadas por receio de punições. Ou seja, o piloto precisa pensar em regulamentos em momentos de pura reação, o que vai contra a natureza da disputa.

“Às vezes, no meio da batalha, você lembra de um trecho do regulamento e desiste da ação. Isso é antinatural. No calor do momento, não dá tempo de lembrar de um documento da FIA com cinco páginas”.

FIA precisa encontrar equilíbrio

Apesar de todas as críticas, Bearman reconheceu que a FIA tem boas intenções. Segundo ele, é fundamental buscar julgamentos mais consistentes entre os comissários. No entanto, ele ressaltou que certas situações exigem interpretação mais flexível.

“Entendo o lado da FIA. A consistência nas decisões é importante, sim. Contudo, nem sempre é fácil aplicar as regras com precisão absoluta em momentos tão intensos da corrida”.

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