F1 2026: FIA promete ajustes para evitar “corridas artificiais”
- Eletric Morumbi
- 18 de ago.
- 2 min de leitura

Carro de Fórmula 1 2026
As equipes já aceleram nos preparativos para o pacote técnico de 2026, tanto no chassi quanto no motor. Entretanto, nem todos encaram as novas regras com entusiasmo.
Nos simuladores, surgiram críticas em diferentes momentos. Primeiro, Max Verstappen soou o alarme em 2022. Logo depois, Charles Leclerc, Alex Albon e Lance Stroll também reforçaram a preocupação.
De acordo com eles, a nova era da Fórmula 1 pode se tornar mais complicada para pilotos e fãs, já que o risco é a categoria virar um exercício de gerenciamento e não de pura velocidade.
FIA garante ajustes e evolução constante
Nikolas Tombazis, diretor de monopostos da FIA, respondeu em entrevista à Autosport. De início, ele admitiu que o desafio existe. Contudo, destacou que o regulamento ainda está em construção e haverá mudanças.
“Quando você aumenta a potência elétrica e diminui a do motor a combustão, o gerenciamento de energia se torna mais difícil. Por isso ouvimos tantas críticas. No entanto, isso também abre caminho para inovações, principalmente em baterias e sistemas elétricos”, explicou.
Além disso, Tombazis afirmou que o cenário não será tão dramático quanto alguns pilotos imaginam.
“Desde o começo, sabíamos que precisávamos lidar com esses pontos. Sempre que surge um problema, as fabricantes colaboram. Assim, o que temos hoje não será exatamente igual ao que veremos no início de 2026. Haverá evolução, sem dúvida”.
Motores seguem intocáveis, mas uso muda
Apesar das críticas, a FIA deixou claro: a especificação dos motores de 2026 continua inalterada. Alterar a base agora seria tarde demais, e acima de tudo, abriria uma guerra política entre fabricantes.
Em contrapartida, o que pode mudar está ligado ao gerenciamento da energia em pista. Tombazis revelou que haverá ajustes na forma como os carros recuperam e liberam energia em cada volta, variando de acordo com o circuito.
Assim, a federação busca evitar situações absurdas, como pilotos reduzindo velocidade em plena reta para economizar bateria.
“Não queremos carros fazendo coisas antinaturais. Os pilotos não vão precisar aliviar o pé em retas para administrar energia. Quando acelerarem, será para valer”, reforçou Tombazis.
Fabricantes dividem estratégia com a FIA
Entretanto, o processo não ocorre de forma uniforme. Algumas fabricantes compartilham dados e ajudam a ajustar o regulamento.
Outras, pelo contrário, escondem informações e agem com cautela para proteger seus projetos. Como resultado, chegar a um consenso nem sempre é simples.
Ainda assim, Tombazis ressaltou que o ciclo de feedback funciona.
“Os pilotos no simulador identificam os problemas para que possamos corrigi-los. Sem essa contribuição, não alcançaríamos o mesmo nível de detalhes”, concluiu.
Expectativa para a nova era
Portanto, a FIA insiste que a base do regulamento de 2026 segue firme. Porém, ajustes finos continuarão até a estreia dos novos carros.
O objetivo é claro: preservar a essência da F1, garantindo corridas intensas, sem elementos artificiais e com foco total na disputa em pista.






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