F1 aposta nos carros de 2026 para resolver spray na chuva
- Eletric Morumbi
- 30 de jul.
- 2 min de leitura

GP da Bélgica
A Fórmula 1 acredita que os carros da temporada 2026 trarão, enfim, uma solução concreta para o spray d’água que tem prejudicado as corridas em pista molhada.
A situação ficou especialmente evidente no último GP da Bélgica, marcado por longos atrasos e críticas contundentes.
Para isso, o novo regulamento técnico promete mudanças radicais. Por exemplo, os difusores serão bem menores e o efeito solo consideravelmente reduzido.
Segundo a FIA, essas alterações devem cortar drasticamente a formação das densas nuvens de spray que, hoje, tornam a visibilidade quase nula. Além disso, pneus mais estreitos devem colaborar com o efeito desejado.
Difusores e assoalho: os grandes vilões
De acordo com Peter Bayer, CEO da Racing Bulls, o problema está bem identificado.
“O principal responsável é o assoalho e o difusor traseiro gigante”, explicou. “É isso que faz com que a água seja literalmente lançada para trás com força”.
A FIA, por sua vez, tentou encontrar soluções mais imediatas. Em 2023 e 2024, por exemplo, promoveu testes com para-lamas e coberturas de roda em condições reais de pista molhada. No entanto, os resultados decepcionaram.
“Com ou sem os para-lamas, a diferença foi mínima”, concluiu a revista Auto Motor und Sport após as sessões realizadas com a Ferrari em Fiorano e com a Mercedes em Silverstone.
FIA sob pressão após caos em Spa
Enquanto os carros de 2026 não entram em cena, a pressão sobre a FIA só aumenta. O atraso no GP da Bélgica gerou indignação. Entre os críticos mais duros está o ex-piloto Christijan Albers.
“Estão simplesmente prejudicando as equipes”, declarou ele ao jornal De Telegraaf, referindo-se à Red Bull, que optou por um acerto voltado para pista molhada diante da previsão de tempestade.
Albers destacou ainda que pilotos como Charles Leclerc se beneficiaram com a estratégia passiva da FIA.
“Na minha visão, isso foi totalmente injusto”, completou. “A FIA precisa se concentrar nessas situações porque o que vimos foi um erro grosseiro e indefensável”.
Red Bull critica; Ferrari defende
A insatisfação não veio apenas de ex-pilotos. O novo chefe da Red Bull, Laurent Mekies, também não poupou críticas.
“Primeiro, esperamos a chuva parar. Depois, ficamos esperando o sol aparecer. E mesmo assim, ainda rodamos várias voltas atrás do safety car”, lamentou.
Apesar disso, outros nomes do paddock preferiram adotar uma postura mais compreensiva. O jornalista Michael Schmidt, por exemplo, alertou para os riscos envolvidos.
“Se algo acontece, a direção de prova seria alvo de todas as críticas”, analisou.
Na mesma linha, o chefe da Ferrari, Frederic Vasseur, apoiou a decisão da FIA.
“Não podemos apontar o dedo para eles porque seríamos os primeiros a atacá-los se tivesse ocorrido um acidente”, afirmou.






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