Red Bull não deve reagir em 2026, diz Herbert
- Eletric Morumbi
- 13 de ago.
- 2 min de leitura

Red Bull
Johnny Herbert, ex-piloto de Fórmula 1, afirmou que não acredita que a Red Bull conseguirá retomar sua forma dominante já em 2026.
Isso porque a temporada marcará a chegada de um novo regulamento técnico capaz de transformar completamente o equilíbrio de forças no grid.
Nesse sentido, as mudanças afetarão não apenas a aerodinâmica, mas também as unidades de potência. Dessa forma, a hierarquia atual pode ser profundamente alterada.
Motor próprio, perda de líderes e desafio inédito
Pela primeira vez em sua história, a Red Bull está desenvolvendo seu próprio motor em parceria com a Ford. No entanto, esse passo importante ocorre justamente em meio a uma queda de performance acumulada ao longo do último ano.
Além disso, a equipe sofreu baixas significativas. Entre elas estão o chefe Christian Horner, o chefe técnico Adrian Newey e o diretor esportivo Jonathan Wheatley, todos nomes fundamentais para o domínio recente.
Herbert ressaltou que, diante desse cenário, a nova estrutura precisa mostrar rapidamente que ainda é capaz de manter o alto padrão de vitórias conquistado no passado.
“As pessoas que estão lá agora – projetistas, especialistas em aerodinâmica, equipe de chassi e também na área de motor – precisam provar seu valor”, declarou ao Thunderpick.
“Muitos profissionais que desempenharam papéis-chave já saíram. Como a queda foi rápida, o grande desafio é reencontrar a mentalidade correta para redirecionar o projeto e torná-lo competitivo para 2026”.
Mudança de regulamento mais impactante desde 2014
O novo conjunto de regras para as unidades de potência representa, de acordo com Herbert, a alteração mais radical desde a introdução dos motores turbo-híbridos em 2014. Por isso, ele acredita que a Red Bull enfrenta uma tarefa monumental para seguir na liderança.
“Não é apenas uma questão de aerodinâmica e chassi, mas também de unidade de potência. Trata-se de um teste gigantesco, porque agora essa responsabilidade é toda deles”, explicou.
“Primeiro, produzir um motor de F1 com toda a tecnologia necessária já é algo imenso. Depois, torná-lo tão bom ou até melhor do que o de fabricantes experientes, como a Mercedes-Benz, é ainda mais difícil”.
Embora o motor leve a marca Ford, o desenvolvimento será totalmente interno, feito pela Red Bull Powertrains. Nesse ponto, Herbert demonstrou ceticismo quanto à capacidade de recuperação imediata.
“Vai ser interessante observar se eles conseguem. Contudo, não vejo uma reação já no próximo ano”, concluiu.






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