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MotoGP – Início da temporada de 2019

MotoGP

Colaboração: Carlos Alberto Goldani

Os primeiros testes oficiais de 2019 iniciam no próximo dia 8 de fevereiro em Sepang na Malásia. Embora a mídia especializada não tenha antecipado nenhuma grande alteração é certo que novidades técnicas devem surgir, uma vez que cada equipe continua a desenvolver seus equipamentos em busca de décimos de segundo que possam decidir uma prova.

Uma alteração é obrigatória, a utilização da plataforma inercial (IMU) padronizada, a exemplo do que foi feito com a central eletrônica (ECU) em 2016. A IMU informa para a ECU, entre outras coisas, os ângulos de inclinação da moto, entretanto como este valor é obtido pelo resultado de medições de diversos sensores (giroscópios), existe um processamento de informações antes de um número ser encaminhada para a ECU. Para evitar que alguma equipe utilize esta oportunidade para obter vantagens, a Federação Internacional de Motociclismo e o Diretor de Tecnologia da MotoGP decidiram por uma IMU idêntica para todas as equipes, com o objetivo de favorecer a competitividade.

A MotoGP apresenta novidades na composição do Grid para 2019 promovendo a renovação com quatro pilotos estreantes, que apresentaram excelentes performances nas classes de acesso (Moto2 e Moto3), Francesco Bagnaia (Italiano – Alma Pramac Racing), Miguel Oliveira (Português – Tech 3 Racing KTM), Joan Mir (Espanhol – Team Suzuki Ecstar) e Fabio Quartararo (Francês – Petronas Yamaha SIC).

Houve também muita movimentação entre equipes e pilotos. A Petronas SIC (Sepang International Circuit) que participava da Moto2 herdou as vagas que pertenciam a Ángel Nieto Racing e vai atuar como satélite da Yamaha, em uma situação distinta da Tech3 em 2018 que alugava equipamentos que participaram de temporadas anteriores. Um de seus pilotos, o campeão mundial de 2017 na Moto2 Franco Mordidelli, deve utilizar uma M1 Especificação “A”, com o mesmo nível de atualização das motos de Valentino Rossi e Maverick Vinales da equipe oficial de fábrica. A segunda moto da equipe que deve ser pilotada pelo francês Fábio Quartararo, uma M1 Especificação B que participou do mundial de 2018.

A temporada se 2019 inicia alinhando duas motos a menos no grid pela desistência da Marc VDS. As fabricantes Honda e Ducati competem com duas motos a menos cada e a KTM com duas a mais, as vagas criadas pela desistência da Ángel Nieto (Ducati) foram compensadas pela criação da Petronas SIC e a retirada da Marc VDS privou a Honda de dois equipamentos. A Tech3 encerrou uma parceria de 20 anos com a Yamaha e assinou um contrato para operar como satélite da KTM, com direito a utilizar equipamentos com o mesmo nível de desenvolvimento da equipe oficial. A fábrica austríaca deve alinhar no grid de largada quatro máquinas RC16 praticamente idênticas, na equipe oficial pilotadas por Johann Zarco e Pol Espargaró e na satélite com o novato Miguel Oliveira e o tailandês Hafizh Syahrin.

A análise dos pilotos relacionados para a temporada de 2019 contempla alguns fatos interessantes, por exemplo, o mais velho Valentino Rossi que faz 40 anos em 17 de fevereiro, tem o dobro da idade do mais jovem, Fabio Quartararo, com apenas 19. Danilo Petrucci é o mais alto (1,81m) e mais pesado (78kg), Andrea Dovizioso é o mais baixo (1,67m) e Joan Mir o mais leve (60kg). A média de idade é pouco mais de 26,8 anos. O mais experiente é Valentino Rossi que disputa o mundial a 24 anos, 20 na classe principal (500cc e MotoGP), esteve presente em 383 largadas e é o maior vencedor em atividade, 115 vitórias e 10 títulos mundiais. Os números de seu currículo não têm possibilidade matemática de serem superado nas próximas duas temporadas. Embora seu último título mundial tenha sido em 2009, desde o seu regresso para a Yamaha em 2015 depois de duas temporadas frustrantes na Ducati, acrescentou a seu histórico apenas 7 vitórias, 4 em 2015, 2 em 2016, uma em 2018 e um ano sabático em 2018. Repsol-Honda e Ducati adotaram estratégias diferentes para 2019, enquanto a equipe espanhola aposta na excelência de seus dois pilotos (Márquez e Lorenzo) e não pretende impor uma hierarquia na equipe, os italianos deixaram explícito que todo o esforço será concentrado em Andrea Dovizioso e que Danilo Petrucci deve ser apenas uma opção.

A relação dos pilotos inscritos no Mundial de 2019 é a seguinte:

Construtor

Equipe

Modelo

Piloto

Aprilia

Aprilia Racing Team

Aprilia RS-GP

41

Aleix Espargaró



Aprilia RS-GP

29

Andrea Iannone

Ducati

Mission Winnow Ducati

Ducati Desmosedici GP19

4

Andrea Dovizioso



Ducati Desmosedici GP19

9

Danilo Petrucci


Pramac Racing

Ducati Desmosedici GP19

43

Jack Miller



Ducati Desmosedici GP18

63

Francesco Bagnaia


Avintia Racing

Ducati Desmosedici GP18

53

Tito Rabat



Ducati Desmosedici GP18

17

Karel Abraham

Honda

Repsol Honda Team

RC213V Espec A

99

Jorge Lorenzo



RC213V Espec A

93

Marc Márquez


LCR Honda

RC213V Espec A

35

Cal Crutchlow



RC213V Espec B

30

Takaaki Nakagami

KTM

Red Bull KTM Racing

KTM RC16

5

Johann Zarco



KTM RC16

44

Pol Espargaró


Red Bull KTM Tech

KTM RC16

88

Miguel Oliveira



KTM RC16

55

Hafizh Syahrin

Suzuki

Team Suzuki Ecstar

Suzuki GSX-RR

42

Álex Rins



Suzuki GSX-RR

36

Joan Mir

Yamaha

Yamaha Factory Racing

Yamaha YZR-M1 Espec A

12

Maverick Viñales



Yamaha YZR-M1 Espec A

46

Valentino Rossi


Petronas Yamaha SRT

Yamaha YZR-M1 Espec A

21

Franco Morbidelli



Yamaha YZR-M1 Espec B

20

Fabio Quartararo

Carlos Alberto Goldani Porto Alegre – RS

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Os artigos publicados de colaboradores não traduzem a opinião do Autoracing. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate sobre automobilismo e abrir um espaço para os fãs de esportes a motor compartilharem seus textos com milhares de outros fãs.

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