Um olhar técnico no W13 atualizado da Mercedes para o GP da Espanha
- Eletric Morumbi
- 19 de mai. de 2022
- 3 min de leitura

Mercedes em Paul Ricard
Aqui temos um primeiro olhar técnico das atualizações da Mercedes que eles esperam reverter sua temporada no GP da Espanha deste fim de semana e finalmente brigar com Red Bull e Ferrari.
Os campeões da F1 nas últimas oito temporadas ficaram bem atrás de Vermelhos e Touros no início da nova era de 2022 e o GP da Espanha é crucial, pois os Prateados levam atualizações muito necessárias para as comparar com o carro que estreou na pré-temporada nos testes em Barcelona.
O grande problema que o carro apresentou nas cinco primeiras corridas do ano é o quique, que começa a ocorrer numa faixa de velocidade relativamente baixa (200 km/h) e a gravidade com que é acionada que limita tanto o carro.
A simulação de pré-temporada do carro com a atualização ‘zeropod’ sugeriu um grande ganho de desempenho em relação às especificações de sidepod padrão testadas na Espanha.
Essa simulação continua a sugerir que, se o carro pudesse rodar na altura mais baixa para a qual foi projetado, o desempenho seria espetacular o suficiente para permitir que o carro dominasse até a Red Bull e a Ferrari.
A questão, claro, é se é possível rodar o carro nas alturas em que tal desempenho foi baseado. Isso é apenas o mundo físico impondo suas realidades sobre um conjunto inválido de suposições em simulação? Ou há uma forma de controlar o quique de uma maneira que permita o acesso a toda essa performance teórica?
Uma das teorias é que a grande extensão do assoalho exposto criado pelo zeropod significa que o assoalho pode não ser rígido o suficiente para evitar que ele se flexione e interrompa o fluxo de ar da parte inferior da carroceria. Pode ser que o próprio desenho do assoalho seja aerodinamicamente poderoso demais para o que é estruturalmente possível. A resposta pode ser uma combinação desses e de outros fatores.

O fato é que depois de Barcelona, a equipe saberá se continua com seu atual carro ‘sem sidepod’ ou mudará completamente o conceito, pondo fim às suas esperanças de título já escassas.
O carro W13 foi colocado na garagem na quinta-feira em Barcelona e – embora haja muito mais clareza sobre as novas peças a partir de sexta-feira, já existem pistas que os Prateados têm alguns truques na manga.
Em fotos tiradas do pit-lane, pequenas asas podem ser vistas embaixo do carro em direção à asa dianteira, com a Mercedes aparentemente seguindo um desenho que a Ferrari e a Red Bull usaram no início da temporada.
As peças serão para melhorar o fluxo de ar na frente do carro.
Também parece haver mudanças no assoalho, uma área de fraqueza da Mercedes até agora este ano, com a borda do mesmo ajustada no W13. Fontes nos disseram que esse assoalho está mais rígido que o anterior sem aumentar o peso, já que o carro também tem problemas nesse sentido e muito provavelmente não atingirá o peso mínimo nessa temporada.
Além disso, o Autoracing pode informar que esse assoalho tem aletas embaixo – numa tentativa de não cortar o ar quando ele atingir o asfalto – não visíveis a olho nu.

As mudanças seguem um dia de filmagem para a Mercedes em Paul Ricard ontem, onde entende-se que a Mercedes tentou entender o carro que pretende usar neste fim de semana em limitados 100 km, o equivalente a 17 voltas.
George Russell dirigiu o carro renovado no teste a portas fechadas, com a Mercedes agora usando os dois dias de filmagem alocados em 2022.
A equipe ainda está confiante de que pode desbloquear seu ritmo de 2022 – como fizeram no TL2 de Miami – em um GP completo.
A Mercedes está atualmente em terceiro na classificação, 62 pontos atrás da Ferrari, que lidera por pouco a Red Bull





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